Spread na Bolsa de Valores: o que é e como funciona?
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Spread: o que é, tipos e função

O spread pode ser maior a depender da liquidez do investimento.

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    Fonte: Freepik

    Investidores do mercado financeiro certamente já ouviram falar no famoso spread, afinal, ele é a base para todas as transações de venda e compra de papéis. Mas, não somente! O spread também é conhecido no mercado bancário, inclusive no que diz respeito à oferta de crédito e investimentos.

    Isso mesmo! Sabe aquela alta de juros cobrada pelo último empréstimo que você fez? Tenha em mente que ela será superior à taxa de captação e a diferença entre ambas gera o que conhecemos por spread.

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    Ficou confuso? Calma que vamos esclarecer aos poucos o que é e como funciona o spread na bolsa de valores, bem como o spread bancário. Segue a leitura!

    Afinal, o que é spread na Bolsa de Valores?

    O spread consiste em um conceito que tem muita relação com a lei da oferta e da procura. Isso porque se refere a diferença entre o preço de compra e o preço de venda de um determinado ativo.

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    De forma simples, pensemos no seguinte cenário. Considere um investidor que esteja vendendo uma ação a R$ 12,00, contudo, não encontra nenhum comprador que queira adquirir o ativo a este preço.

    Mas, existe um comprador que certamente levaria a ação por R$ 10,00. Sendo assim, a diferença entre o preço de compra e venda de R$ 2,00 chama-se spread.

    Devemos ainda pontuar que quando o preço de venda é baixo, comparado ao preço real da ação, temos um ask, já quando o preço de compra é mais elevado temos um bid. Perceba que o spread tem por função a taxa de diferença, mas também o lucro.

    Como o spread afeta as operações?

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    Fonte: Freepik

    Isso pode afetar as negociações na Bolsa de Valores, devido à liquidez. A liquidez corresponde à possibilidade de transformação de um ativo em dinheiro em um espaço de tempo. Assim, quanto mais líquido for um ativo, quanto mais players atuando em negociações, menor será o spread.

    Vale ainda dizer que corretoras que não são regulamentadas costumam também ter spreads maiores. Por isso, esteja sempre de olho para encontrar uma corretora segura e, claro, com corretagem zero.

    Mas, ainda quanto à liquidez, considerando que o spread seja baixo, é maior a facilidade de venda do ativo. Isso é essencial para aqueles que são day traders, considerando que as negociações são feitas em um mesmo e único dia.

    Contudo, vale a ressalva, a facilidade de venda de um papel não significa maior rentabilidade. Afinal, spread alto é sinônimo de ganhos maiores, o que indica uma liquidez mais baixa.

    Se para investidores que buscam rentabilidade ao longo prazo spreads baixos não são oportunidades, isso muda quando falamos de traders profissionais. Isso porque, para estes, spreads baixos podem responder a boas oportunidades de se ter lucro. Logo, ativos com maior liquidez são os mais almejados.

    Por isso, com uma análise técnica e com nervos de aço fica fácil mensurar o melhor momento de vender ou comprar e aproveitar o melhor do spread.

    Spread bancário: como funciona?

    Ainda com base na compreensão de que o spread encerra diferença e variação. Passemos agora para o spread bancário.

    Pense em um banco que emite um título, como um CDB, por exemplo, e o oferece aos correntistas, enquanto uma forma de captação de recursos por 5% ao ano. Por outro lado, este mesmo banco oferta um empréstimo com taxa de juros de 20% a.a. A diferença de captação e devolução do dinheiro ofertado é o spread.

    Para as instituições bancárias o spread é muito importante porque possibilita mensurar os lucros das transações. Contudo, para os investidores é perceptível que os spreads bancários são altíssimos e as justificativas são diversas.

    Primeiro, o tempo de recuperação do crédito é muito alto no Brasil, basta que olhemos o número de inadimplentes atualmente. E isso acaba implicando em custos para as instituições bancárias.

    Além dos riscos de investimentos, temos as políticas fiscais. O Governo brasileiro acaba competindo com outros tomadores de crédito. Assim, devido ao déficit orçamentário, é comum que o Governo emita uma dívida para cobrir suas despesas correntes, que se mostram acima do que é possível arrecadar com impostos.

    Portanto, somente com os ajustes nas contas fiscais e, consequentemente, menor competição por crédito, que os juros tendem a diminuir.

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    Gabriel Mello

    Mestre em Filosofia e doutorando em Letras. Especialista em SEO, atua há 3 anos com planejamento, produção e revisão textual, garantindo a entrega de um conteúdo relevante e de impacto para e-commerce e e-business.