Síndrome do impostor: o que é e como lidar
Oportunidades de trabalho e em diferentes áreas da vida podem ser comprometidas por essa síndrome.
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É muito provável que você já tenha escutado relatos de pessoas que duvidam de sua própria capacidade profissional ou que até mesmo já tenham passado por isso. Esse conjunto de dúvidas e sentimento de fraude condiz a síndrome do impostor.
Essa compilação de sentimentos se apresenta de forma generalizada, porém, está essencialmente associada com o meio de trabalho. No entanto, é preciso também considerar que outros meios em que o indivíduo se encontra podem reforçar ou amenizar a autopercepção de falsidade intelectual. A seguir, será possível compreender ainda mais sobre essa síndrome.
Saiba mais sobre a síndrome do impostor
Por mais que receba o nome de síndrome, é interessante citar que essa questão, em especial, no trabalho, não leva o reconhecimento de doença. Apesar disso, é algo que merece atenção. Essa ocorrência já é discutida há muito tempo, inclusive, o termo “fenômeno do impostor” foi usado em 1978, pelas psicólogas Suzanne Imes e Pauline Rose Clance.
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Aponta-se que o modo de uso atual da tecnologia também possui impacto. É algo que está associado principalmente com a sensação de imediatismo e alto número de informações em redes sociais. Afinal, conforme citado, os meios em que a pessoa está, possuem um papel importante nessa compilação de sentimentos de “fraude”.
Além disso, é muito comum que a ansiedade esteja mais forte do que o normal, em especial, quando há mais demandas para atender no trabalho. Nesses casos, também pode ocorrer tanto a procrastinação em alguns momentos, quanto o trabalho em excesso
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De qualquer modo, para compreender ainda mais essa síndrome, é interessante enfatizar a respeito do que as pessoas que a enfrentam podem sentir ou fazer. No tópico a seguir, será possível conhecer os sinais.
Quais são os sinais?
Em primeiro lugar, vale citar a autocrítica excessiva. Infelizmente, é muito comum a cobrança de si mesmo em excesso e dificuldade em aprender com as falhas. O que torna esse cenário mais complexo é a tendência a comparação, que também é comum.
Olhar para si mesmo e se avaliar positivamente é algo difícil na síndrome do impostor. Isso porque é uma visão que está comprometida. No entanto, aspectos positivos são facilmente encontrados em outras pessoas.
Há ainda outras questões que podem surgir, tais como:
- Sacrifício do bem-estar no geral por causa de longas jornadas de trabalho;
- Autoestima comprometida por causa da percepção que apresenta das habilidades;
- Sensação de que a qualquer hora alguém pode notar a falta de habilidades;
- Não associar o próprio esforço e conhecimento com as oportunidades que alcançou e mantém, mas sim a sorte ou fatores externos.
Além disso, a autossabotagem é um fator muito comum em quem enfrenta a síndrome do impostor. Isso significa que mecanismos são buscados para evitar algumas experiências, por exemplo, uma reunião ou mudança que podem representar um avanço em certo processo na carreira.
Por esse motivo, oportunidades podem ser perdidas em diversas áreas da vida, inclusive no meio de trabalho. Além disso, há a tendência à frustração por causa do que foi comprometido.
Por outro lado, questões físicas também são possibilidades, tais como mal-estar e dor de cabeça, o que só reforça a necessidade de atenção que esse problema apresenta.
Como lidar com essa síndrome?
Certamente, cada pessoa conta com suas particularidades. Por isso, a forma de lidar com a síndrome do impostor pode variar de modo significativo. Todavia, existem dicas que podem contribuir com esse cenário.
Em primeiro lugar, um dos principais pontos é que a distorção da perspectiva da realidade. Então, vale a pena trabalhar uma visão mais concentrada dos fatos. Pensamentos ruins podem surgir, mas não significa que sejam verdadeiros. Sendo assim, pode ser válido tentar dizer a si mesmo quais são os fatos de cada situação.
Dessa forma, será possível também buscar evidências. Por exemplo, identificar como foram seus trabalhos recentes ou os resultados que obteve em outras áreas. É algo que pode contribuir com a contraposição de alguns pensamentos e até mesmo com a identificação de fatores que possam ter melhorias de maneira mais consciente.
Note que, isso não significa ignorar os sentimentos e pensamentos. É interessante identificá-los e tentar compreendê-los, assim como a ligação com a realidade. A ideia é não se deixar levar totalmente por eles, mas sim percebê-los para poder seguir em frente.
Caso seja possível, tente compartilhar com alguém próximo essas emoções ou até mesmo com um profissional na terapia, o caso não precisa ser necessariamente grave para recorrer a suporte. Um outro ponto interessante, em especial, no âmbito profissional, é a procura de alguém que possa transmitir conselhos práticos e prestar auxílio.
De qualquer forma, se pode compreender que a síndrome do impostor é algo difícil de lidar. Por isso, vale tentar reunir recursos para trabalhar essa situação da melhor forma possível segundo cada caso.