Golpes financeiros em brasileiros: por que ocorrem com frequência?
Os golpes ligados a dinheiro crescem e mudam cada vez mais e é preciso ter atenção para se prevenir. Entenda mais a seguir.
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Os avanços tecnológicos também possuem impacto nos golpes financeiros, que crescem cada vez mais, inclusive no meio digital. De acordo com a empresa do setor de cibersegurança PSafe, no país há mais de mil fraudes financeiras neste meio a cada hora.
No entanto, por que há tantos golpes financeiros em brasileiros? Sabe-se que é algo que ocorre em diversos locais, mas há alguns aspectos interessantes ao se tratar do país e que merecem atenção. Eles envolvem fatores como a educação financeira e investimento em cibersegurança.
Os principais aspectos sobre os golpes financeiros em brasileiros
Além da ocorrência dos golpes apresentada no início do conteúdo, há ainda mais dados interessantes a respeito dos golpes financeiros no país e também da posição das empresas. Em primeiro lugar, no que diz respeito às tentativas ou incidência dos golpes, o aumento é gradativo e significativo.
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Uma edição do Radar Febraban (Federação Brasileira dos Bancos), que contou com uma pesquisa de maio a junho em cinco regiões do país, indicou o aumento para 31% no número de vítimas, em comparação a 22% em dezembro.
Essa edição também apresentou a elevação de menções a respeito de golpes do WhatsApp, loja virtual e de leilões. Apesar das distinções entre os canais dos crimes, essencialmente contam com criminosos que se passam por profissionais de empresas, que enviam links e/ou pedem as informações pessoais das vítimas. Além disso, a construção de sites falsos, por exemplo, de leilões para a aplicação de golpes também é algo frequente.
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Vale notar nesse contexto que os alvos não são apenas as pessoas físicas de forma direta, uma vez que as empresas podem ser atacadas e a partir disso, o impacto chegar ao consumidor. É o que ocorre no roubo de dados.
Logo, cada vez mais as empresas, com destaque para o meio financeiro, carregam a preocupação de empregar recursos em prol da proteção de informações dos clientes. Inclusive, de acordo com a pesquisa da Febraban de Tecnologia Bancária 2022, 54% dos bancos participantes visavam elevar os investimentos na cibersegurança.
A aplicação de novas tecnologias na segurança
Nesse cenário, é preciso que as empresas estejam atentas ao mercado, tanto nos avanços em relação aos ataques quanto aos recursos que podem ser aplicados na cibersegurança. Para isso, é preciso um acompanhamento constante do mercado.
Um grande exemplo é a aplicação da inteligência artificial (IA) nesse cenário, que, de acordo com Vasu Jakkal, a vice-presidente de segurança da Microsoft, terá um papel cada vez mais estratégico.
Isso porque a partir de recursos com a inteligência artificial, é possível elevar as defesas, capacidade de prever ataques em potencial, suspender ações maliciosas, entre outras ações de uma maneira cada vez mais rápida.
Além disso, em relação ao país, a profissional aponta a importância de uma operação integrada, uma vez que, há soluções com partes fora de sincronia em algumas companhias.
Ainda mais, Vasu observa que a segurança não deve ser uma responsabilidade apenas de times dessa área, pois o treinamento de equipes faz a diferença, inclusive para reduzir a vulnerabilidade de funcionários das empresas.
Com isso, se chega a um fator crucial para esse cenário: conhecimento. Ao considerar que grande parte dos golpes financeiros visa a manipulação das pessoas para a obtenção de dados confidenciais, a educação financeira tem um papel que muitas vezes pode ser decisivo. Logo, é uma pauta de grande interesse nesse conteúdo.
A educação financeira no país
Em primeiro lugar, é preciso ter consciência de que a educação financeira é um conceito amplo. Sendo assim, vai além de estudos mais profundos, abrangendo desde a organização das finanças até planejamento.
Desse modo, é algo que pode fazer grande diferença na relação com o dinheiro, tanto para evitar o acúmulo de dívidas quanto golpes. Portanto, nesse cenário, estão envolvidos também os recursos que têm uso como meios de pagamento.
O Pix, por exemplo, leva grande facilidade para o dia a dia por ser um meio de pagamento praticamente instantâneo. Mas por ser alvo de golpes, deixa muitas pessoas receosas. Certamente, o conhecimento pode ser um grande aliado em contextos como esses, viabilizando o uso de forma mais segura.
Se por um lado alguns cuidados mais básicos como configurações de segurança no smartphone, uso de senhas mais fortes e maior cautela ao enviar dados pessoais fazem a diferença, por outro, uma maior conscientização também se faz interessante, inclusive, por parte de empresas.
Não é à toa que cada vez mais especialistas defendem a educação financeira nas salas de aula do país. E, nesse ponto, se deve considerar além da elevação no número de golpes financeiros em brasileiros. Isso porque há também o fato de que o país está na 74ª posição no ranking global de educação financeira.
Sendo assim, se deve considerar que os golpes abrangem uma série de aspectos, desde o conhecimento das pessoas até o investimento em fatores de segurança. Desse modo, é importante ressaltar o quanto a atenção nas informações e tendências faz a diferença para as pessoas no geral.