Dia do pedagogo: origem e importância da data
A data é comemorada anualmente como um reconhecimento do valor desses profissionais da educação para o ensino-aprendizagem.
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No dia 20 de maio comemoramos o Dia do Pedagogo, uma data instituída pela Lei nº 13.083/2015 com o objetivo de promover a reflexão sobre o papel das instituições de ensino e da família na formação das crianças, além do escopo de responsabilidade de cada um ao que tange o ensino.
Desde então, este dia que presta homenagem a tantos profissionais responsáveis por guiar os alunos rumo ao conhecimento é celebrado todos os anos.
Vale dizer que a profissão de pedagogo não tem espaço apenas em escolas. Atualmente, a Pedagogia compreende uma área com muitos campos e atuação, como: Pedagogia Hospitalar, Pedagogia Empresarial, Pedagogia Social etc.
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Contudo, é notório que a data em questão tem um lugar de destaque no calendário escolar e, dificilmente, passa em branco pela gestão. Afinal, é uma forma de reconhecer o trabalho desses profissionais fundamentais no processo de ensino-aprendizagem.
Para prestar homenagem a este dia tão especial, hoje vamos discorrer sobre a origem da pedagogia e rememorar um dos maiores nomes da educação brasileira. Segue a leitura!
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Uma breve origem da Pedagogia
O termo ‘Pedagogia’ vem da Grécia Antiga, uma clara referência a Paidagogos. Na antiguidade, paidós significava ‘criança’ enquanto o sentido mais próximo de agodé era ‘condução’. Dessa forma, o termo ‘pedagogo’ tem como sentido ‘aquele que conduz crianças’, estando em seus domínios a educação cultural e intelectual dos antigos gregos.
Aliás, na Grécia, surgiram as primeiras reflexões sobre a atividade pedagógica, que tiveram por anos nas bases da educação ocidental. Dessa forma, reflexões sobre o ensino já poderiam ser encontradas nos tratados platônicos.
Contudo, foi só no século XVII que a pedagogia começou a ganhar a forma que conhecemos hoje, com os propósitos pedagógicos de Amós Comenius, o pai da didática moderna. Comenius entendia a necessidade da existência de uma interdisciplinaridade e que as interações educacionais deveriam se dar entre a escola e a família.
Além disso, seus pressupostos esclarecem a importância da constituição integral do homem, seja em suas bases morais, afetivas, religiosas, políticas e sociais. A educação teria uma função regeneradora, para Comenius, uma vez que deveria restaurar a capacidade do homem de atualizar as potencialidades dadas por Deus.
Paulo Freire: uma pedagogia libertadora
Outro grande nome da Pedagogia é sem dúvidas Paulo Freire, não é de se espantar que em 2012, o estudioso foi declarado Patrono da Educação Brasileira. Embora sua formação em Direito, Freire trabalhou como professor por grande parte da sua vida.
Em 1950, o nosso país passou por uma forte industrialização e experimentou a democracia de massas. Segundo Freire, este processo de desenvolvimento do Brasil precisava incluir a participação crítica do povo, o que só se daria a partir da educação.
Dessa forma, o educador se mostrava contra o ‘ensino de cima para baixo’, ou seja, o ensino vertical, defendendo assim o diálogo horizontal entre aluno e professor. Para o estudioso, ao passo que o professor ensina, ele também aprende, lógica também aplicada para o aluno.
Essa horizontalização do ensino-aprendizagem se deve ao fato de que a pedagogia de Freire é fundamentada no princípio dialógico. E o diálogo, como bem sabemos, pressupõe o outro.
Além disso, Freire entendia que o professor precisava estar atento para não praticar a hierarquização dos saberes. O conhecimento do outro também é diferente e pode ser um ponto de partida para alcançar a consciência filosófica.
O que compreende o ensino-aprendizagem?
Lembrando que aprender para Paulo Freire não é simplesmente decodificar, mas sim aprender a ler o mundo onde existimos. É justamente por isso que ele critica ferrenhamente as cartilhas de ensino de seu tempo, que reproduzem um conhecimento mecânico e nada crítico.
Por isso, acreditava que era importante aos educandos a problematização dos contextos das literaturas trabalhadas em sala, dadas como natural na pedagogia tradicional.
Dessa forma, seria possível, segundo Freire, que professor e aluno em comunhão refletissem e agissem sobre o mundo que lhes circunscrevem, gerando uma nova reflexão sobre o que foi produzido. Este é o processo conhecido por reflexão-ação-reflexão.
É justamente neste processo que o estudante constrói a sua leitura de mundo, não com o objetivo de se adaptar a ele, mas de transformá-lo, saindo de sua condição de submissão. Assim, Paulo Freire define a educação como uma prática libertadora, uma vez que liberta o indivíduo de sua ignorância e de sua condição de subserviente e explorado.
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