Entregadores na pandemia lutam por direitos básicos

Aumento do número de entregadores na pandemia

Com o aumento do desemprego, muitos estão recorrendo aos aplicativos de entrega em busca do mínimo para sobreviver. Veja o cenário!

Anúncios

Os entregadores de aplicativos com certeza aumentaram bastante de número, não somente no Brasil. O motivo para esse crescimento foi a pandemia do novo coronavírus. Com isso, esses trabalhadores exerceram as suas atividades em uma condição exploratória, além da exposição.

Por mais que esse seja um trabalho de risco, os trabalhadores não pararam. Tudo isso, de modo a atender à demanda. Á medida que a pandemia piora o seu quadro, os entregadores de aplicativo crescem ainda mais.

Para respeitar as recomendações de saúde, nós precisamos nos distanciar e isolar por um tempo. Dessa maneira, foram os entregadores de aplicativos que conseguiram suprir todas as necessidades básicas. Desde lanches delivery, até mercado ou farmácia, os entregadores de aplicativo fizeram o seu trabalho.

Anúncios

É interessante ressaltar ainda que nem todos os entregadores tinham moto, por exemplo. Muitos deles estavam em uma condição financeira complicada. E para as entregas, utilizaram até as suas bicicletas.

Isso torna o trabalho ainda mais difícil. Percebemos como os entregadores fazem de tudo para conseguir uma renda extra. Alguns, até, conseguem uma renda fixa. Mas tudo isso depende da jornada de trabalho.

Anúncios

Vamos explorar, então, algumas informações relevantes, sendo responsáveis pelo aumento do número de entregadores.

Greve na pandemia em 2020

Em 2020, após o ápice da pandemia no Brasil, os entregadores fizeram uma greve. Isso porque os trabalhadores não se sentem valorizados, ou até mesmo seguros. Infelizmente, já adiantamos que essa paralisação não surtiu efeito algum. A principal reclamação dessa greve foi a taxa que os entregadores precisam pagar.

Os aplicativos querem continuar sendo atrativos para os clientes. Porém, eles precisam ser justos com os entregadores.

Nessa greve, os entregadores reclamavam sobre a taxa ser baixa. Embora, na maioria dos casos, o endereço ser muito longe. Inclusive, é necessário ressaltar que o combustível aumentou diversas vezes ao longo da pandemia.

Dessa maneira, tornando o trabalho inviável para alguns,visto que não poderiam arcar com todos esses custos. Desde o início da pandemia, os brasileiros estão passando por uma crise socioeconômica. Pois, os índices de desempregos estão nas alturas, e não temos tanto trabalho formal.

Além disso, a maioria das empresas reduziu o quadro de trabalhadores. Sobretudo, isso ocasionou o aumento do número de entregadores por aplicativo. Como o trabalho de entregador é informal, as pessoas não estavam preocupadas em CLT ou coisa parecida. Afinal, o que importava no momento, e continua até hoje, é o dinheiro para sobreviver.

Quantos entregadores de aplicativo estão registrados hoje na pandemia?

Não há como falar em algum dado oficial, acerca da quantidade exata de entregadores. Hoje, não temos como mensurar os entregadores ativos no Brasil. Apenas o iFood possui mais de 160 mil entregadores. Esse aplicativo é o mais conhecido do país. Mas, claro que existem outros, alguns deles são Uber Eats e 99.

Esse dado, por sua vez, é obtido com a própria empresa. Além disso, alguns entregadores não fazem o seu cadastro nos aplicativos. Eles preferem fechar um certo valor com o restaurante, empresa ou loja. Assim, eles têm uma sensação de ganhar uma renda mensal fixa.

É importante destacar que os aplicativos não trazem condições benéficas para o entregador. Além de não melhorarem as taxas, as plataformas estão na fase roxa. Essa fase é um conjunto de medidas mais severas, quanto à pandemia. É nítido, nas ruas, vermos muitos entregadores de aplicativo. É raro ver uma moto que não esteja com o seu baú de entregas no fundo.

Reivindicações dos entregadores de aplicativo na pandemia

Uma reivindicação dos entregadores é ter uma remuneração superior à taxa mínima de corrida. Ou seja, se a taxa de corrida é 6, a remuneração desse entregador deve ser 8, por exemplo. O entregador precisa ter algum lucro nesse trabalho, caso contrário, ele está “trocando dinheiro”.

Outra forma de tornar esse trabalho mais justo é que o pagamento tenha um padrão. Esse padrão pode ser, por exemplo, com base na quilometragem. Embora a greve dos entregadores tenha tido uma proporção enorme no país, nada foi feito ainda.

Eles estão trabalhando com uma média de R$ 0,85 por km. O que, diga-se de passagem, é muito pouco. Sem contar com a gasolina, cujo valor está próximo dos R$ 6,00 o litro. Nesse cenário, não tem como os entregadores continuarem a receber pouco.

Por mais que eles estejam realizando um trabalho incrível na pandemia. Destaque-se, ainda, que o material para proteger os entregadores contra a covid19 é muito precário. Então, hoje os entregadores arcam com o seu almoço, gasolina e proteção contra covid19. São muitos gastos para pouco retorno, o que expõe e prejudica muitos desses trabalhadores.

Apesar de muitos, os entregadores estão desamparados

Sim, cresceu bastante o número de entregadores por aplicativo. Contudo, eles estão totalmente desamparados. Dentre as reclamações feitas por esses trabalhadores, recomenda-se a criação de um fundo auxílio.

Esse fundo é para auxiliar os entregadores que foram infectados. Como eles estão expostos a todo momento, é preciso esse apoio. Imagine a situação em que um trabalhador por aplicativo pega a covid-19. Com isso, ele não poderá continuar os trabalhos.

O mínimo a ser feito é dar algum tipo de apoio ou auxílio. É necessária uma fiscalização dos entregadores, se estão com covid ou não. Além de verificar se conseguem se proteger contra o vírus. Alguns aplicativos, como a Rappi, já estão colocando em prática esse auxílio. Após a confirmação da covid, o entregador poderá receber esse auxílio. O benefício poderá ser recebido por 15 dias.

Possibilidades de reconhecimento do entregador

Caso você esteja pensando em ser um entregador de aplicativo, é necessário destacar algumas coisas. Analise, a priori, os seus gastos e lucros. Você conseguirá suprir os seus gastos?

Além disso, confira o seu meio de transporte. O seu meio de transporte precisa de manutenção? Se sim, com qual frequência? Outra questão importante é a sua disponibilidade. Qual será o seu horário de trabalho? Todas essas questões precisam de uma resposta.

Portanto, pense em tudo antes de trabalhar. Sabemos que a situação no ano passado foi difícil. Entretanto, esse trabalho está caminhando para um avanço. Por exemplo, na Espanha, já foi anunciada uma decisão favorável. Lá, os entregadores de aplicativo serão considerados assalariados.

No Reino Unido, os motoristas da Uber têm direito a salário-mínimo, descanso e férias. No Brasil, estamos acompanhando algumas discussões que também podem resultar nisso. Ainda não temos uma unanimidade em relação a esse reconhecimento trabalhista.

Logo, os entregadores precisam desse apoio. Essa é a única forma de usufruir dos seus direitos. Entretanto, o entregador de aplicativo precisa do seu reconhecimento legal. Eles também são trabalhadores, logo, devem usufruir dos seus direitos. Esse desafio é mundial e, em breve, poderemos dizer que foi solucionado.

Por fim, tornar-se entregador de aplicativo tem muitos desafios certo? Mas, se você se programar, não terá problemas. Por isso, sucesso e até a próxima!

Tuanny Silva

Graduada em Administração e Especializada em Marketing Digital. Sou uma profissional apaixonada por publicidade, com uma sólida formação e experiência em estratégias de SEO.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo