Mudanças na Netflix à vista: veja as possíveis ações da plataforma após a perda de assinantes

Algumas estratégias da Netflix para contornar a perda de usuários têm incitado a insatisfação dos assinantes, que pensam em abandonar a plataforma de vez.

Este ano parece estar sendo inglório para a gigante Netflix. Afinal, a empresa de streaming abriu o ano de 2022 com perdas consideráveis de seguidores, o que marcou os seus dias de luta.

A empresa, que já não está tão otimista para o fechamento do ano, prospecta 2 milhões de usuários a menos. No entanto, o corpo de colaboradores ambiciona algumas mudanças na Netflix para contornar a situação.

Assim, de acordo com as especulações, entre as alternativas de plano de ação estão desde o cancelamento de planos com contas compartilhadas até a inclusão de anúncios durante as atrações. Calma, antes de se desesperar, vamos entender de perto o cenário.

Traçando os motivos da perda de usuários

Talvez, um dos grandes motivos que engendraram a perda de assinantes da Netflix corresponda à guerra entre Rússia e Ucrânia. Com a retirada da empresa do solo russo, parte das sanções infligidas ao país, estima-se que a Netflix tenha perdido 700 mil clientes.

Mas, os motivos não param por aí. Lembram-se dos lockdows? A fechada das cidades e, consequentemente, da economia, fez com que muitas pessoas passassem a ter uma rotina mais caseira. Inclusive, muitos trabalhos deixaram de ser presenciais para serem home office.

Com as pessoas cada vez mais contidas em suas casas, o número de assinantes aumentou. Afinal, era preciso de um entretenimento, visto que os bares, shoppings e parques estavam fechados. No entanto, com a volta do comércio e maior abertura da economia, as pessoas também voltaram às suas rotinas, abandonando o serviço de streaming.

Aliado a isso, temos também o encarecimento do serviço. É certo que vivemos em tempos de crise muito difíceis e nem todos têm condições de arcar com a elevação de preços assim, tão repentina.

Concorre ainda que a Netflix sofre com a pressão da concorrência, que diga-se de passagem também entrega ótimos conteúdos, por preços mais cabíveis. A Amazon Prime, por exemplo, tem uma ampla variedade de filmes e séries por apenas R$ 9,90 ao mês, além do preço cobrir frete grátis para uma infinidade de produtos. Já a Disney possui planos de até R$ 27,90.

O fato é que todos esses motivos convergem juntos para o apagamento da giganteem meio ao cenário atual. E, em tempos de crise, são motivos que propulsionam mudanças na Netflix jamais vistas.

O que esperar das mudanças na Netflix?

Obviamente que a Netflix não iria ficar de braços cruzados, observando a sua queda livre. A plataforma online já está pensando em formas de reverter tudo isso.

Para começar, a empresa incluiu o “duplo like”, o que possibilita, quando acionado, que o algoritmo recomende conteúdos mais precisos conforme o gosto do usuário. Além disso, uma outra solução bem cotejada é tornar possível a alteração dos finais dos conteúdos pelos assinantes, tornando a experiência mais interativa.

É claro que o “duplo like” e os finais alternativos não necessariamente podem resolver o problema da perda de assinantes. Por isso, há mudanças na Netflix mais radicais por vir.

Como por exemplo, o fim da possibilidade do compartilhamento entre contas. A empresa já percebeu que, embora seja ótimo para os usuários, não é rentável. Isso porque, além dos 200 milhões de usuários, 100 milhões de pessoas estariam usando, por tabela, contas alheias para usufruir dos serviços.

Uma contrarresposta e uma surpresa desagradável

Embora o possível cancelamento das contas compartilhadas tenha deixado o público alvoroçado, esta nem é a mudança mais insatisfatória. O problema está na contrarresposta da Netflix em intencionar a inserção de propagandas no meio de seus conteúdos audiovisuais.

Isso tem dado o que falar, afinal, esta ação era impossível até então na perspectiva do próprio CEO da plataforma, Reed Hastings. Mas, pelo visto, as perdas o fizeram repensar. No entanto, vale destacar, que a inclusão de propagandas está sendo cortejada junto com o lançamento de uma conta mais acessível, digamos assim.

Nesse sentido, espera-se atingir um público maior de assinantes da plataforma de streaming, que poderão usufruir dos serviços por um preço menor, mas não sem ter que esperar as propagandas passarem.

Sendo assim, Hastings acredita que a nova mudança poderá trazer mais benefícios do que malefícios aos assinantes, que poderão ter maior liberdade de escolha. Esta concepção é contrária às respostas dos usuários, que justificam os seus descontentamentos com o aumento dos preços e falta de qualidade das séries e filmes oferecidos.

De todo modo, o inconveniente está em ter o seu filme interrompido a todo momento, reduzindo a experiência do usuário às mesmas experiências encontradas em plataformas online de baixíssima qualidade.

Seria este o fim da maior plataforma de streaming do mundo? E você, o que achou das novas mudanças da Netflix? Conte-nos nos comentários e não deixe de compartilhar este conteúdo, caso tenha gostado.