Sustentabilidade e ESG e a falta de profissionais qualificados

Sustentabilidade e ESG: profissional mais visado nas próximas décadas está em falta no mercado de trabalho

Já estamos na 6ª onda de inovação, e as empresas estão cada vez mais focadas nos impactos socioambientais. Saiba mais!

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Sustentabilidade e ESG
Fonte: Freepik

Prospecções sobre o mercado de trabalho são feitas todos os dias, e as tendências econômicas nos ajudam a entender melhor onde estaremos daqui uns anos.

E, por falar em tendências, segundo a Teoria das Ondas de Inovação, de Joseph Schumpeter, a tendência atual se ancora em Sustentabilidade e ESG, com início em 2020 e encerramento em 2045. Não é de se espantar que a busca por especialistas em ESG tenha crescido nos últimos anos.

Mais preocupadas com questões ambientais, sociais e de governança, as empresas visam captar talentos com habilidades de aplicação dos princípios descritos. Contudo, enfrentam a dificuldade de encontrar profissionais qualificados. Isso porque o profissional mais visado nas próximas décadas está em falta.

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Conhecendo a Teoria das Ondas de Inovação de Joseph Schumpeter

A Teoria das Ondas de Inovação diz respeito a um conhecimento desenvolvido pelo economista Joseph Schumpeter no início do século XX. A teoria em questão descreve o padrão de crescimento e evolução das tecnologias ao longo do tempo.

Assim, Schumpeter sugere que a inovação ocorre em ciclos, também definidos como “ondas”, que impulsionam o desenvolvimento econômico e transformam setores e indústrias.

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De acordo com a Teoria das Ondas de Inovação, cada onda se caracteriza por uma tecnologia revolucionária, que desencadeia mudanças significativas na sociedade como um todo. Essa tecnologia-chave também recebe o nome de “tecnologia dominante” e representa um desenvolvimento em relação às tecnologias anteriores.

Aliás, cada onda de inovação segue um ciclo que geralmente se divide em quatro fases: irrupção, expansão, estagnação e reconfiguração.

Dessa forma, na fase de irrupção, a nova tecnologia surge e começa a ser adotada, geralmente por empresas inovadoras. Conforme a tecnologia avança e ganha aceitação, ela entra na fase de expansão, impulsionando o crescimento econômico.

No entanto, à medida que a tecnologia ganha mais alcance e atinge o seu potencial máximo, ela entra na fase de estagnação. Nesse estágio, a tecnologia atinge seus limites de crescimento. Assim, a estagnação leva à busca por novas tecnologias e soluções, resultando na próxima onda de inovação.

A fase de reconfiguração marca a passagem de uma onda para outra. Aqui, ocorrem mudanças estruturais na economia, com a eliminação de empresas ultrapassadas e a emergência de novas indústrias e oportunidades.

A Teoria das Ondas de Inovação tem sido aplicada para entender e prever o desenvolvimento econômico ao longo da história.

Compreender as ondas de inovação é essencial para as empresas, visto que fornece bons insights sobre o surgimento de oportunidades de negócios, apresentando ainda os desafios de atuação em um ambiente em constante evolução.

6ª onda: Sustentabilidade e ESG

Sustentabilidade e ESG
Fonte: Freepik

Partindo da Teoria das Ondas de Inovação, podemos dizer que, nos dias de hoje, encontramo-nos na 6ª onda. Nela, pautas sobre sustentabilidade devem se prolongar até 2045. Aliás, é justamente dentro desta onda que encontramos os desdobramentos da revolução do ESG.

O ESG (Environmental, Social, and Governance) diz respeito a um conjunto de critérios e práticas adotados pelas empresas para avaliação de desempenhos em termos ambientais, sociais e de governança. Tais critérios têm ganhado popularidade nos últimos anos, à medida que investidores e consumidores buscam empresas responsáveis e sustentáveis

Mas, antes, devemos lembrar que economistas apontam a existência de 5 ondas anteriores. A começar pela 1ª onda, que ocorreu durante a Revolução Industrial no século XVIII. Tal momento foi impulsionado pela invenção da máquina a vapor, que possibilitou a mecanização da produção e a substituição da força humana e animal.

Já a 2ª onda de inovação, também conhecida como Idade do Vapor, ocorreu no final do século XIX e início do século XX, com o advento da eletricidade e dos motores de combustão interna.

A 3ª onda se deu após a Segunda Guerra Mundial, com o surgimento dos computadores e da eletrônica. Nela, o mundo presenciou a ascensão da automação industrial, a informatização e a criação da internet. A 4ª onda de inovação está relacionada à era da informação e à revolução digital. Seu surgimento se deu na década de 70, com a popularização dos computadores pessoais e a criação da internet.

Agora, a 5ª onda, concluída em 2020, esteve focada em tecnologias disruptivas, como a inteligência artificial avançada, a Internet das Coisas, a robótica avançada, a energia limpa e as tecnologias de saúde.

Além disso, essa onda buscou impulsionar a sustentabilidade e a melhoria da qualidade de vida. Tal busca proporcionou uma abertura para o irrompimento da 6ª onda marcada pela Sustentabilidade e ESG, como vimos anteriormente.

O que podemos esperar da 6ª onda de inovação?

A  6ª onda de inovação prospecta negócios mais conscientes e sustentáveis, cujos impactos não estão ligados apenas ao setor econômico.

Um estudo da Global Sustainable Investment Alliance revelou que os ativos globais sob gestão que levam em consideração critérios ESG cresceram significativamente nos últimos anos, chegando a US$ 35,3 trilhões em 2020. E quando pensamos a nível de Brasil, é importante dizer que o ESG já é prioridade de muitas empresas.

No aspecto ambiental, empresas brasileiras têm buscado reduzir sua pegada de carbono e adotar medidas mais sustentáveis e ecológicas quanto ao meio ambiente.

Um exemplo é o setor de energia renovável, no qual o Brasil se destaca mundialmente. De acordo com a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), o país se tornou o 8º maior produtor de energia eólica do mundo, evidenciando o forte compromisso com fontes de energia limpa.

Em relação à governança corporativa, o Brasil tem avançado na adoção de práticas mais éticas. A B3 lançou um índice exclusivo para empresas avaliarem as boas práticas de governança, o IGC (Índice de Governança Corporativa). O índice em questão busca incentivar as empresas que seguem diretrizes de governança mais sociais e éticas.

Com esta ampla preocupação da adoção de práticas sustentáveis, não é de se espantar que as empresas brasileiras estão em busca de profissionais qualificados para colocar em execução as estratégias ESG. Contudo, têm encontrado um entrave, visto que o profissional mais visado nas próximas décadas está em falta. Seria você um profissional qualificado?

Gabriel Mello

Mestre em Filosofia e doutorando em Letras. Especialista em SEO, atua há 3 anos com planejamento, produção e revisão textual, garantindo a entrega de um conteúdo relevante e de impacto para e-commerce e e-business.

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