Entenda a estimativa no primeiro semestre de 2022 para a alta da inflação e nos juros Selic

Veja a estimativa para 2022 após a mais alta inflação em cinco anos!

Muito se houve falar sobre a inflação e a crise no mercado financeiro do país, entretanto não são claros os motivos. A alta na inflação em 2021 foi a uma das mais altas nos últimos cinco ou seis anos, mas a população segue confusa sobre o porquê disso. 

São muitos os fatores que influenciaram o atual cenário, então se é do seu interesse entender melhor a subida na inflação e a alta nos juros Selic, continue a leitura!

Por que houve alta na inflação?

De acordo com especialistas existem quatro principais motivos para a inflação estar sendo a maior desde 2015: o dólar, os combustíveis, a energia e os alimentos.

Primeiramente, o dólar já subiu 25% desde o começo da pandemia, em março de 2020. Isso impacta todos os produtos exportados e internacionais, como por exemplo, o combustível. E esse é justamente o segundo fator, que influencia na alta da inflação. Isso porque o combustível impacta todos os demais setores, pois alimentos e produtos precisam ser transportados, encarecendo serviços. 

Já a energia encareceu e impactou na inflação devido à escassez de água. Tal fato fez com que o governo recorresse às usinas térmicas, mais caras do que as usinas hidrelétricas para manter e administrar. Assim, o preço da energia subiu, impactando a inflação.

Por último, houve o encarecimento dos alimentos, que além de terem sofrido devido aos combustíveis e ao dólar, sofreram com geadas e as mudanças climáticas. Então, estes são os quatro principais motivos para a alta da inflação.

Entretanto, com o fim da pandemia, o cenário para o ano seguinte é diferente. Dessa forma, veja o tópico a seguir para entender qual a estimativa para 2022 em relação à alta da inflação!

Qual a estimativa para 2022?

De certa forma, a alta na inflação se apresentará como o maior problema econômico do país neste ano de 2022. O próprio ministro da economia, Paulo Guedes, situou o problema, dizendo “o problema não será crescimento baixo, o problema será inflação resiliente”. A inflação se manterá como algo difícil de controlar.  

Por causa disso, é possível que o mercado financeiro veja uma piora ao longo de 2022. Alguns economistas veem a inflação em 4,55% para esse ano. Ou seja, a inflação está muito acima da meta e continuará acima.

Essa alta na inflação e a estimativa para 2022 mostram que os juros Selic poderão se manter em dois dígitos devido à crise no setor econômico. A pesquisa feita pelo próprio Banco Central mostrou que a taxa básica irá chegar até 15% até o final do ano de 2022. Uma das repercussões desse problema será, possivelmente, o encarecimento da moeda do dólar, entretanto a estimava até agora é que permaneça no mesmo valor de hoje.

De acordo com o ministro da economia, a política para segurar a inflação será através na alta dos juros, o que corrobora com a alta nos juros Selic já mencionada. Essa é a forma de bater a meta da inflação que o governo federal estará adotando. Dessa forma, com a alta na taxa Selic, os investimentos poderão ser afetados, principalmente quem investe através da poupança.

Então, para quem está pensando em investir, é um ótimo momento para procurar formas de investimentos que usem a alta da Selic. Você pode ler mais sobre isso em nosso texto: “Entenda como o aumento na taxa Selic impacta os investimentos”.

Boletim Focus: o que muda?

Além disso, há mais dados divulgados pela pesquisa Focus do Banco Central, a respeito da estimativa para 2022. Por exemplo, nela é mencionado que os seguintes itens mudarão no ano de 2022:

• Dólar: de R$ 5,45 em 2021 para R$ 5,45 em 2022
• Selic: de 8,75% em 2021 para 9,50% em 2022
• PIB: de 4,97% em 2021 para 1,40% em 2022
• IPCA: de 8,96% em 2021 para 4,40% em 2022

Dessa forma, no geral, a estimativa para 2022 é que a inflação diminua um pouco. No entanto, não o suficiente para a meta prospectada pelo Banco Central. Além de que o ministro da economia afirma que a queda na inflação não significa melhora total no quadro da economia.

De todo jeito, após essa alta na inflação, o recuo é um fator para se observar. Veja alguns fatores que podem influenciar para esses números do ano seguinte:

1. Reajustes menores: em relação ao ano de 2021, os preços de produtos como alimentos e combustíveis sofrerão reajustes menores;
2. Energia ficará menos cara: por meados ainda em abril, as bandeiras tarifárias não estarão tão elevadas, o que deixará o preço da energia mais baixo;
3. Estabilidade do dólar: como mostrado na previsão, o dólar pode subir, mas a estimava inicial é que permaneça o mesmo valor de 2021. Essa estabilidade possivelmente acontecerá por causa do aumento nos juros Selic. No geral, o cenário não prevê queda, mas ao menos não prevê uma elevação muito alta.

E aí, conseguiu entender a alta na inflação e nos juros Selic e a estimativa para 2022? Então, compartilhe o texto com mais pessoas para que não haja mais dúvidas sobre o assunto!