Alta da inflação: aumento de preço ou redução da quantidade?

Época de inflação: aumento de preço ou redução da quantidade?

Embora o aumento dos preços possa parecer uma saída aos comerciantes, o encarecimento dos produtos tem desencorajado o consumo.

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aumento de preço ou redução da quantidade
Fonte: Pixabay

Preços altos nas gôndolas dos supermercados refletem a corrosão do real e, por consequência, a diminuição do poder de compra dos brasileiros. Por outro lado, temerosos de perderem os clientes, os consumidores se veem em saia justa entre o aumento de preço ou redução da quantidade.

É fato que a inflação deixa sequelas no poder aquisitivo e incita certa precaução dos consumidores na hora de irem às compras. Afinal, com o salário mínimo sem aumento real e os preços nas alturas, todo novo gasto pode pesar muito no orçamento mensal.

Mas, seria o aumento dos preços uma boa saída em tempos inflacionários? Entendamos a seguir os seus impactos!

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O que é inflação?

É comum que consideramos a inflação como aumento descontrolado dos preços. No entanto, esta é a consequência e não a causa. Assim, o seu grande motivador é o aumento da quantidade de dinheiro circulante na economia.

Lembremos que quem tem monopólio de impressão de moeda é o Governo. Então, a grande questão é: por que o Governo imprime mais dinheiro?

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Para se financiar e bancar, o Governo pode aumentar os impostos, o que é uma medida bastante impopular. Outra forma é a emissão de mais dívidas, o que pode acarretar na incidência de mais juros. Por fim, a impressão de grande quantidade de dinheiro é uma outra forma de arcar com seus gastos.

Assim, quando temos um aumento da oferta monetária e baixa produtividade de bens e serviços, a consequência direta é o aumento dos preços dos recursos. Então, a lógica é bem simples: se temos um aumento do dinheiro que circula no mercado, o dinheiro perde seu valor, e os consumidores perdem o poder de compra.

Como a inflação pode impactar o poder de compra?

Você já deve ter notado em uma de suas visitas ao supermercado que os produtos estão cada vez mais caros. Mas, a verdade é que o real está mais barato, impactando diretamente nos preços dos bens e serviços.

Assim, é importante entender que o nosso poder de compra acaba sendo prejudicado, porque a inflação derrete o valor do real. Ora, se voltarmos os olhos para o passado perceberemos que o poder aquisitivo do brasileiro em 1994 não é o mesmo que o de hoje.

Aliás, segundo dados do IBGE, a inflação acumulada nos últimos 12 meses foi de 4,18%. Isso significa que os preços dos bens e serviços subiram, em média, 4,18 % em relação ao ano anterior. Podemos até considerar uma taxa baixa, contudo, quando acumulada ao longo de vários anos, seu impacto no poder de compra pode ser substancial.

Claramente, o encarecimento generalizado dos produtos leva a população de baixa renda a ser a mais afetada. Isso porque se o valor do real está cada vez mais baixo, só tem um alto poder de compra quem tem muito dinheiro.

Além disso, se considerarmos que os maiores impostos que temos são indiretos e não o imposto de renda, quem vive apenas com um salário mínimo pode sofrer ainda mais com uma inflação alta.

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Fonte: Pixabay

Aumento de preço ou redução de quantidade: qual a melhor opção?

Diante da inflação, é comum que os comerciantes hesitem entre o aumento de preço ou redução de quantidade. A grande verdade é que preços maiores podem fazer com que os consumidores parem de consumir ou até recorram a produtos e serviços da concorrência, que sejam mais baratos.

Desse modo, para os consumidores, o aumento significativo dos preços simboliza que precisarão pagar mais pelos mesmos produtos que já consumiam anteriormente por um preço menor.

Aliás, vale ressaltar que com o aumento inflacionário temos também o aumento das taxas de crédito, o que pode inibir ainda mais os consumidores de consumirem. Ademais, as projeções de consumo apontam que os brasileiros pretendem comprar menos em 2023, considerando o ano de 2022.

E em momentos de incerteza econômica e corrosão do poder de compra, os consumidores precisam fazer malabarismo para que o dinheiro renda, e a diversificação dos canais de compras é uma aposta estratégica.

Assim, para compra de produtos não-duráveis o que temos são consumidores visitando mais pontos de comércio a fim de encontrarem mais ofertas e promoções. E a prova desta pesquisa de preço é o crescimento das marcas próprias dos supermercados, que no geral são bem mais baratas.

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Gabriel Mello

Mestre em Filosofia e doutorando em Letras. Especialista em SEO, atua há 3 anos com planejamento, produção e revisão textual, garantindo a entrega de um conteúdo relevante e de impacto para e-commerce e e-business.

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