Os humanos ainda estão evoluindo? Confira a seguir!
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Estudo de genoma aponta que os humanos ainda estão evoluindo!

Após sequenciamento de DNA, cientistas descobriram a existência de um novo gene que sugere que estamos em um processo contínuo de evolução.

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os humanos ainda estão evoluindo
Fonte: Freepik

Nos últimos anos, estudos genéticos forneceram evidências sólidas de que os humanos estão passando por mudanças evolutivas. Em outras palavras, os seres humanos ainda estão evoluindo e a tecnologia genômica tem revelado informações valiosas sobre nossas origens e mudanças genéticas ao longo do tempo.

Dessa forma, pesquisadores têm mapeado o genoma humano e identificado variações genéticas, que estão associadas a características adaptativas. Por exemplo, estudos mostraram que populações em diferentes regiões geográficas desenvolveram adaptações genéticas para se adequar a ambientes específicos.

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Isso inclui genes relacionados à resposta imunológica, metabolismo, digestão de alimentos e até mesmo tolerância a altitudes elevadas.

Nesse sentido, podemos observar a evolução humana em relação à resistência a doenças. Certas populações têm maior resistência a doenças infecciosas, como a anemia falciforme, que confere proteção contra a malária.

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Essas adaptações genéticas surgem como resultado da seleção natural ao longo de gerações, demonstrando a evolução em ação. Aliás, já temos muitas evidências científicas que indicam que os humanos estão passando por um processo contínuo de evolução, como podemos ver a seguir.

Adaptação a novos ambientes e o favorecimento da origem de novos genes

À medida que os seres humanos se movem e se estabelecem em diferentes partes do mundo, eles enfrentam ambientes variados que exercem pressão seletiva sobre suas características genéticas.

Um exemplo disso é a adaptação à lactose, em que certas populações desenvolveram a capacidade de digerir o leite na idade adulta, devido à domesticação de animais e ao consumo regular de laticínios. Estudos genéticos revelaram que essa adaptação evolutiva é resultado de mutações no gene LCT.

Além disso, estudos apontaram que desafios seletivos levaram ao desenvolvimento de adaptações genéticas específicas para que os humanos se adequassem a alguns ambientes. Por exemplo, populações que vivem em áreas com alta incidência de malária desenvolveram variantes genéticas que conferem resistência à doença, como a mutação no gene da hemoglobina beta (HbS) que resulta na anemia falciforme.

É importante ressaltar que a evolução humana é influenciada não apenas por fatores ambientais, mas também por fatores sociais e culturais. Em outras palavras, à medida que nos adaptamos a ambientes diversos, também enfrentamos mudanças sociais, como avanços tecnológicos e estilos de vida modificados.

Pressão seletiva e a resistência à doenças

Outra evidência de evolução contínua é a pressão seletiva em relação a doenças, como já constatamos um pouquinho acima. Pesquisas recentes têm revelado variações genéticas que conferem resistência a certas doenças infecciosas, como HIV.

Dessa forma, indivíduos com uma variante específica do gene CCR5 têm maior resistência à infecção pelo HIV. Essas adaptações genéticas sugerem uma resposta evolutiva em andamento diante de desafios de saúde.

A verdade é que estudos de associação do genoma completo (GWAS) têm sido conduzidos para identificar associações entre variações genéticas e traços ou doenças específicas.

Esses estudos têm revelado variantes genéticas que influenciam uma ampla gama de características humanas, como altura, cor da pele, resistência a doenças, metabolismo e até mesmo traços comportamentais. E, claro, essas descobertas demonstram como os genes humanos continuam a evoluir e se adaptar.

Genes desconhecidos são analisados por cientistas e o resultado é inacreditável

Em 2003, os cientistas acreditavam ter atingido o auge dos estudos do genoma humano ao completar o sequenciamento de sua dupla hélice. No entanto, agora está cada vez mais claro que os humanos ainda estão passando por mudanças genéticas evolutivas.

Isso se deve ao fato de que novas pesquisas revelaram informações nas sequências genéticas que não foram exploradas completamente e, mais importante, estão intimamente relacionadas à evolução humana, desde o envelhecimento até questões sobre o câncer.

Os humanos ainda estão evoluindo, afinal?

Finalmente, uma pesquisa analisou os 8% do genoma que faltavam no sequenciamento de 2003. Nessas análises, os cientistas observaram que existem sequências genéticas capazes de codificar proteínas que não possuem qualquer ancestral óbvio, nomeado pelos geneticistas de genes órfãos.

Alguns especialistas sugerem que os genes órfãos surgiram de forma espontânea durante o processo evolutivo humano, não sendo herdados de um ancestral direto como parte da herança genética.

Devemos lembrar que o genoma humano é composto por uma infinidade de pequenas seções chamadas ORF, que por sua vez possuem subdivisões individuais. Portanto, é um desafio complexo e extenso decifrar cada um desses segmentos e determinar quais são funcionais.

Ao analisar cuidadosamente uma seção específica de ORF, exclusiva dos seres humanos (não herdada de um ancestral próximo), os cientistas descobriram a presença de 155 ORFs pequenas que produzem microproteínas que surgiram espontaneamente do zero – processo conhecido como o surgimento de um novo gene.

Essa sequenciação possibilitou importantes descobertas relacionadas a condições como dismorfia muscular e outras alterações genéticas raras, proporcionando um melhor entendimento dessas doenças e a constatação de que os humanos ainda estão evoluindo.

Gabriel Mello

Mestre em Filosofia e doutorando em Letras. Especialista em SEO, atua há 3 anos com planejamento, produção e revisão textual, garantindo a entrega de um conteúdo relevante e de impacto para e-commerce e e-business.