Guarda compartilhada: direitos, deveres e dicas para um acordo justo
Quando bem aplicada, pode trazer mais estabilidade emocional para todos.
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Compreender os detalhes da guarda compartilhada pode ser decisivo para a rotina dos progenitores e, sobretudo, dos menores. Esse arranjo parental visa assegurar que os pequenos preservem uma relação harmoniosa com pai e mãe, independentemente da dissolução da convivência conjugal.
Caso esteja pesquisando sobre guarda compartilhada, provavelmente quer saber como ela impacta a rotina da criança, os direitos dos pais e até mesmo questões financeiras. A verdade é que esse tipo de guarda exige diálogo e organização.
Conceitos básicos e fundamentos
A guarda compartilhada é um arranjo jurídico que assegura a ambos os genitores direitos e deveres equivalentes na educação dos filhos, inclusive após o divórcio. Esse modelo não implica uma divisão rigorosamente igualitária do tempo de convívio, mas sim uma atuação conjunta.
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Sendo assim, o objetivo principal é preservar o vínculo familiar e reduzir os impactos emocionais da dissolução do casamento. Ao oposto da guarda única, que centraliza as escolhas em uma das partes, o modelo compartilhado pressupõe acordo contínuo entre ambos.
Inclusive, a lei brasileira prioriza esse tipo de guarda porque entende que a presença equilibrada de mãe e pai beneficia o desenvolvimento infantil. No entanto, para funcionar bem, os adultos precisam colocar as necessidades dos filhos acima de conflitos pessoais.
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Um ponto importante é que a guarda compartilhada não depende de os pais morarem na mesma cidade ou terem rendas similares. Ou seja, o juiz pode adaptar o acordo conforme a realidade da família, sempre focando no que for melhor para a criança. Se houver resistência de um dos lados, a Justiça pode intervir.
Como funciona na prática?
Na guarda compartilhada, os pais criam juntos um plano parental que define como será a rotina da criança. Esse acordo detalha dias de visita, feriados, férias escolares e como serão divididas despesas como escola, saúde e atividades extras. Tudo fica registrado para evitar mal-entendidos futuros.
Sendo assim, o tempo com cada genitor pode variar conforme a realidade da família, mas o essencial é que ambos participem ativamente da vida do filho. Um mora com a criança a maior parte do tempo. Ao passo que o outro tem visitas regulares, mas decisões importantes sempre são tomadas em conjunto.
Mesmo morando em casas separadas, é fundamental manter uma comunicação clara sobre o cotidiano da criança. Aliás, aplicativos de agenda compartilhada ou grupos de mensagem só sobre assuntos do filho ajudam a organizar compromissos sem conflitos.
Principais vantagens e desafios
A guarda compartilhada traz benefícios claros para o desenvolvimento emocional da criança, que mantém vínculos estáveis com ambos os pais. Dessa forma, ela reduz sentimentos de abandono e ajuda a construir segurança, já que o filho percebe a presença contínua dos dois genitores em sua vida.
Além disso, divide responsabilidades de forma mais equilibrada, evitando que um só adulto sobrecarregue com todas as decisões. Por outro lado, esse modelo exige maturidade emocional dos pais para separar conflitos conjugais da relação com os filhos.
Certamente, as dificuldades surgem quando há falta de comunicação ou quando um dos genitores tenta prejudicar o outro através da criança. Nesse sentido, a logística também pode complicar quando os pais moram em cidades diferentes ou têm rotinas muito desencontradas.
O êxito da guarda compartilhada está diretamente ligado à habilidade de colocar o bem-estar dos filhos à frente de conflitos entre os pais. Recursos como acompanhamento profissional especializado ou plataformas digitais de gestão podem facilitar esse processo.
Quais os aspectos jurídicos?
A guarda compartilhada está prevista na Lei 13.058/2014, que a tornou regra no Brasil salvo quando há motivos graves contra um dos pais. Assim, cabe à Justiça eleger esse formato como prioridade legal, mesmo sem acordo entre as partes, desde que não existam situações como violência ou incapacidade parental.
Sendo assim, a decisão final sempre considera o que melhor atende aos interesses da criança. No plano jurídico, ambos os genitores mantêm iguais direitos sobre decisões importantes, como escolha de escola, tratamentos médicos e viagens.
Certamente, o termo de custódia deve ser aprovado pela Justiça para ser válido, abrangendo questões como período de visitas, sustento financeiro e rateio de despesas. Quando os pais não chegam a um consenso, o juiz estabelece os termos.
Vale lembrar que descumprir a guarda compartilhada pode gerar multas ou até alteração do regime de convivência. Se um dos pais dificultar o contato com o filho sem justificativa, pode responder por alienação parental, conforme previsto na Lei 12.318/2010.
Dicas para uma guarda compartilhada harmoniosa
Manter uma guarda compartilhada harmoniosa começa com comunicação clara e objetiva entre os pais. Para isso, estabeleçam combinados por escrito sobre horários, divisão de despesas e regras básicas de criação, evitando assim mal-entendidos futuros.
A fim de facilitar ainda mais, usem agendas compartilhadas ou aplicativos específicos para organizar compromissos escolares, médicos e atividades extras dos filhos. Ademais, respeitem os momentos da criança com o outro genitor, sem fazer comentários negativos ou tentar interferir nessa relação.
Inclusive, mantenham consistência entre as duas casas em questões como rotina, deveres escolares e limites, pois isso traz segurança aos filhos. Quando surgirem divergências, foquem no que é melhor para a criança, não em disputas pessoais.
No mais, considerem a mediação familiar se os conflitos persistirem, pois um profissional neutro pode ajudar a encontrar soluções práticas. Lembrem-se que flexibilidade é importante, já que imprevistos acontecem e a rotina das crianças pode mudar com o tempo.
É isso! A guarda compartilhada funciona melhor quando os pais priorizam o bem-estar dos filhos acima de tudo. Aproveite que chegou até aqui e descubra os benefícios da escrita terapêutica e tenha terapia nas pontas dos dedos:. Até a próxima!