Demissões em startups e a falta de investimentos: entenda o cenário!
Pular para o conteúdo

Demissões em startups aumentam devido a contração de investimentos

Com o aumento das taxas de juros, os investidores têm abandonado as startups para investir em renda fixa.

    Anúncios

    demissões em startups
    Fonte: Freepik

    Recentemente grandes startups, como os unicórnios QuintoAndar, Facility e Loft dispensaram juntas mais de 500 funcionários com a justificativa de uma busca por melhoria de eficiência.

    O que muitos não sabem é que esta atitude que, infelizmente, tem marcado muitas startups de tecnologia tem muito pouco ou quase nada a ver com a busca por qualidade.

    Anúncios

    A verdade é que com a retração do mercado devido à crise econômica, os unicórnios estão sofrendo com o fim de investimentos. Isso tem corroborado de forma significativa para a ampliação do quadro de demissões em startups, vejamos mais de perto esses motivos.

    Desvendando as causas das demissões

    Para entender esta onda de demissões em startups, devemos olhar para o cenário como um todo. Em linhas gerais, a economia é bastante cíclica, apresentando momentos de opulência financeira, com expansão de crédito, e, em outros momentos, apresenta uma retração.

    Anúncios

    Isso porque o Mercado é cambiante e se torna ainda mais em momento pandêmico. Sendo assim, com a pandemia da COVID-19, a Bolsa de Valores desabou e o mercado financeiro entrou em colapso.

    Seguiu-se daí, em um primeiro momento, a impressão em massa de dinheiro pelo Governo, com a finalidade de sustentar a economia em crise. Além disso, os juros ficaram baixos em prol de um estímulo à economia decaída.

    Assim, investidores que tinham capital investiram em startups, aproveitando assim a queda das taxas de juros.

    Nesse sentido, as startups passarão por um período de abundância de investimento. Aliás, dados da pesquisa da KPMG comprovam que, em 2021, o crescimento de investimentos nas startups chegou a 219%, somando-se R$ 46,5 bilhões.

    Mas, se cresceram tanto, o que justifica as constantes demissões em startups de peso? Bem, atualmente, a economia sofre o movimento de retração. Com o crescimento exponencial da inflação, o Banco Central, em movimento contrário, passou a frear a emissão de moeda e elevar as taxas de juros.

    Não é preciso saber muito para compreender que a elevação dos juros atingiu máximas históricas nos últimos tempos, o que impacta diretamente no fluxo de caixa das startups unicórnios.

    Quais são as consequências da retração da economia?

    demissões em startups
    Fonte: Freepik

    Com a alta das taxas de juros, os investidores passaram a deslocar os seus investimentos de startups e realocá-los em renda fixa. Isso porque tais investimentos passam a ser mais rentáveis, considerando que se baseiam na taxa Selic.

    Além disso, devemos lembrar que, para sustentar suas operações, as startups precisam de muita injeção de dinheiro. E assim, ao decorrer do tempo, têm a chance de se tornarem empreendimentos escaláveis.

    Juntando então o nosso cenário econômico, percebemos que os tempos estão mais duros e difíceis para as startups. Logo, a justificativa para o amplo quadro de demissões não é a busca por eficiência, mas na verdade a redução de custos.

    Lembrando ainda que empresas já consolidadas no mercado estão em reajustes de preços e quando passam a ter os seus preços reduzidos, os nichos nos quais atuam sofrem em cadeia. O que pode ser maléfico para startups que ambicionam entrar nestes mercados.

    Assim, uma vez pressionados pelos seus investidores para a entrega de resultados rápidos, os unicórnios não têm outra solução a não ser diminuir o número de colaboradores. Isso é nada mais nada menos do que um reajuste perante a secagem de capital.

    Mas, como dita a lei de seleção natural: “que se adapta o mais forte”, a crise econômica é um momento promissor para compreensão de quais startups são fortes o suficiente para se sustentarem e progredirem.

    Então, o que podemos esperar das demissões em startups?

    Embora o cenário seja difícil, economistas estão otimistas na esperança de que momentos melhores possam surgir. Afinal, este seria um movimento natural da economia em que períodos de abundância tendem a acabar, dando início aos períodos de retração.

    De todo modo, empresas que já possuem plano de ação e corpo no Mercado continuarão a crescer, talvez não tanto quanto esperam.

    Quanto aos profissionais, bem, embora as demissões em startups refletem um momento de instabilidade econômica, os profissionais de tecnologia são procurados no mundo todo.

    Dessa maneira, o lado positivo é que suas fortes capacidades profissionais estão sendo requeridas em outras empresas, o que possibilita a realocação de muitos deles. Inclusive para o trabalho remoto, afinal, como lhes competem carreiras bem promissoras, muitos conseguem participação rápida no mercado global.

    Gostou deste post? Então não perca tempo! Aqui no site INFOCU tem muitos conteúdos para você aprender ainda mais sobre economia, navegue e acompanhe!

    Gabriel Mello

    Mestre em Filosofia e doutorando em Letras. Especialista em SEO, atua há 3 anos com planejamento, produção e revisão textual, garantindo a entrega de um conteúdo relevante e de impacto para e-commerce e e-business.