Alimentos para pets estão caros, superando o aumento da alimentação humana
Para diminuir o peso da inflação, os pais de pets têm abandonado os pacotes de ração e apostado em alimentações mais saudáveis.
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A inflação não deu trégua nem mesmo para os animais. E isso é bem fácil de notar, afinal, segundo o IBGE, os alimentos para pets estão caros, apresentando um aumento em março de 2022 de 0,42% e, na inflação acumulada, de 22,90%. Aumentos esses expressivos e acima da alimentação humana, cujo setor de alimentos e bebidas chegou a 11,62%.
E, claro, quem está sentindo o peso do encarecimento da ração são os pais de pet, que estão em uma busca frenética por substituições mais baratas, sem perder em qualidade. Assim, o grande desafio é manter a boa alimentação dos amigos de quatro patas, mas sem quebrar o orçamento do mês.
A seguir você entenderá os vilões responsáveis pelo aumento do preço dos alimentos para pets e as saídas encontradas pelos papais e mamães de cães e gatos.
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Por que os alimentos para pets estão caros?
Em linhas gerais, o mercado pet já vem sofrendo com a alta de preços desde 2020, com a ascensão da pandemia. No entanto, no ano de 2021, os preços das matérias-primas diminuíram em cerca de 70%. Contudo, os alimentos para pets ainda estão caros.
Em tese, o motivador do aumento foi o encarecimento dos insumos basilares para a produção das rações, como milho, soja e trigo. Para se ter noção, com os conflitos na Ucrânia,o preço do milho simplesmente dobrou de valor. Isso porque a Ucrânia era a principal exportadora do grão para o Egito, China e Espanha.
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Mas, com a guerra, esses países precisaram buscar outro fornecedor, caindo em solo brasileiro. Como o Brasil possuía milho excedente, acabou vendendo o grão, mas o estoque interno ficou desabastecido, o que culminou nos altos preços do insumo.
Já a Rússia, por sua vez, era a principal exportadora de fertilizantes. Como o Brasil importa aproximadamente 80% de fertilizantes que consome, e as importações registraram alta de 178%, consequentemente, os insumos agrícolas também tiveram impacto nos preços.
Algumas substituições possíveis
Considerando que o quadro de inflação e reduflação não alcançará a normalidade tão cedo, os donos de pets estão em busca de arrefecer os impactos da inflação sobre a alimentação de seus animais de estimação. Assim, a busca é manter os amiguinhos alimentados, mas sem quebrar o orçamento financeiro.
Para tanto, muitos chegaram à conclusão de que a ração a granel é mais barata do que a ração comprada em pacotes. Além disso, os pacotes maiores estão sendo preferíveis aos pacotes menores (cada dia mais pequenos). Isso se deve ao fato de que os donos de empresas de alimentação para pets estão oferecendo ótimos descontos de compra.
Outra opção implementada diante do encarecimento da alimentação para pets é a alimentação natural. Isso mesmo! Uma vez que a alimentação humana está mais ‘barata’ do que a alimentação para os aumigos e para os bichanos, os papais e mamães dos bichinhos têm apostado em uma alimentação mais saudável.
A ideia é preparar uma alimentação balanceada com todos os nutrientes necessários para a manutenção da vida dos pets. Claro, sem se esquecer das proteínas. Aliás, vale dizer que a alimentação natural é muito prática, considerando que pode ser congelada e descongelada ao uso.
Alimentação natural pode ser uma boa saída
Antes de mudar a alimentação de seu pet, saiba que é essencial buscar acompanhamento veterinário. Afinal, nunca sabemos se os bichinhos possuem alguma insuficiência que precise ser suprida com uma alimentação específica.
Vale chamar a atenção também pelo fato de que você precisará incluir proteínas na alimentação de seu cão. Mas, lembre-se de incluir proteína animal, visto que os cachorros são carnívoros.
A alimentação natural em si pode ser cozida ou crua, e a escolha pode depender da boa aceitação do pet, bem como de como o dono se sente na preparação. Afinal, precisará manipular as proteínas.
Por outro lado, evite o uso de temperos industrializados no preparo dos alimentos. Se for querer dar um gostinho a mais, experimente ervas frescas antioxidantes, como manjericão, alecrim e tomilho. Mas, atenção! Cães que possuem convulsões não podem de forma alguma consumir comida com tempero.
Bem, se gostou da dica da alimentação natural, confira 5 alimentos que podem ser consumidos por pets como petiscos, segundo o veterinário, Daniel Pinho:
- Banana: rica em potássio e vitamina B6;
- Polpa da Maçã: rica em vitamina B, C e E;
- Cenoura descascada: rica em cálcio e betacaroteno;
- Brócolis cozido: rico em zinco e ferro;
- Carne bovina cozida: fonte de proteína, rica em vitaminas do complexo B.
É pai ou mãe de pet? Então conta para gente se sentiu doer o bolso com o encarecimento da alimentação para pets. Se gostou do conteúdo e se tem alguma substituição para compartilhar, conte-nos aqui nos comentários, ficaremos felizes em receber a sua contribuição. Até logo!